De Júnior Rocha a Marcelo Cordeiro – Guarani muda de cara, mas não muda resultado

De Júnior Rocha a Marcelo Cordeiro – Guarani muda de cara, mas não muda resultado
Interino no cargo, Marcelo Cordeiro consegue evolução no time. Foto: Raphael Silvestre/Guarani FC.

A passagem de Júnior Rocha pelo comando do Bugre terminou como um grande desastre, e não apenas pelos pontos conquistados ou perdidos pelo Guarani nas sete rodadas, mas sim pela desorganização demonstrada dentro de campo.

E bastou uma partida nas mãos do auxiliar técnico Marcelo Cordeiro para que isso ficasse ainda mais claro, se antes tínhamos atacantes marcando, meias atuando pelas beiradas do campo e zagueiros armando o time, em Florianópolis o time teve meia centralizado, atacante recompondo sim, mas não sendo lateral ou volante e um time mais organizado.

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Claro, prejudicado por não ter um lateral esquerdo de posição, não poder contar com a dupla de zaga ideal, e se ressentindo da falta de qualidade, ou limitação técnica, do elenco formado para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas o fato é que Cordeiro levou a campo um time muito mais organizado.

Perdeu o jogo, mas ganhou um voto de confiança de boa parte dos Torcedores Bugrinos.

Nesta partida o Bugre marcou metade dos gols que havia marcado em toda a competição até então, o problema é que sofreu 3 gols, e dificilmente uma equipe que sofra tantos gols fora de casa, conseguirá um resultado que não seja uma derrota.

Outro detalhe, o Guarani segue tendo o VAR como seu principal adversário dentro de campo. Seja anulando gols marcados, revisando jogadas faltosas, ou apontando penalidades inexistentes, o fato é que o discurso da única vez em que o presidente do CA veio a público após a segunda rodada bradando que o Guarani não admitiria mais tais e constantes prejuízos, não passou de um ‘jogar pra torcida’, que na prática não trouxe nada.

A penalidade marcada contra o Guarani beirou as raias do absurdo, e com isso o time, que já é limitado, não encontra forças para superar mais este adversário. Sim, a arbitragem é adversária do Bugre na atual Série B.

Em momentos assim, tão ruins, o Torcedor se apega ao passado para buscar forças e fé no futuro, e é inevitável fazer uma comparação entre a estreia do interino Marcelo Cordeiro e a estreia de outro interino de sucesso, Thiago Carpini, que em 2019 recebeu um Guarani na 17ª rodada com apenas 13 pontos conquistados, estreou fora de casa contra o América-MG, perdeu pelo mesmo placar ((3×2), e depois iniciou uma campanha de recuperação que evitou um rebaixamento que parecia certo.

Diante da incapacidade do CA de contratar um treinador, Marcelo Cordeiro vai para sua segunda partida, desta vez em casa, contra o Ituano, e desta vez precisa vencer um concorrente direto. Alias, a equipe de Itu é, neste momento, a única equipe que pode ser ultrapassada pelo Bugre na tabela de classificação.

Cordeiro terá à sua disposição jogadores importantes como o zagueiro Douglas Bacelar? Poderá contar com um lateral esquerdo em campo? Se puder, pode ter sucesso e abrir caminho para a segunda vitória Bugrina na competição.

É pouco, muito pouco, mas o remédio para o Guarani é apenas a vitória. só uma sequência delas poderá tirar o Bugre, primeiro da lanterna, depois do Z4. Sonhar com mais do que isso nesta temporada é apenas isso, sonho, ou ilusão, porque a Série B de 2024 para o Bugre é apenas um campeonato de permanência, o que já será muito difícil conseguir.

Guarani x Ituano é o jogo que vale a lanterna da competição, e que ao final desta partida ela esteja com o Ituano.

Marcos Ortiz