Futebol pobre, resultado ruim e boca aberta na coletiva – Guarani 0x0 Ituano

Futebol pobre, resultado ruim e boca aberta na coletiva – Guarani 0x0 Ituano
Foto original de Thomaz Marostegan/Guarani Fc.

O Guarani parece ter finalmente mostrado sua cara no Paulistão 2023,depois de uma péssima estreia em Santo André acompanhado de derrota e de uma atuação surpreendentemente boa na segunda rodada quando venceu o Santos, a equipe “voltou ao normal” e, contra um adversário de menor visibilidade, apresentou novamente um futebol pobre, desorganizado e deficiente.

Um ataque ineficiente e um meio de campo sem articulação, lento e sem talento, foi isso que o Torcedor Bugrino viu dentro de campo. Antes da partida o anúncio de três desfalques, um já esperado, o meia atacante Derek, com uma lesão no posterior da coxa esquerda sentida ainda na primeira etapa da partida anterior teve sua ausência confirmada, mas de última hora o time apareceu também sem Giovanni Augusto, e oficialmente, por nota divulgada, o jogador foi poupado por apresentar “desgaste muscular”, isso apenas na terceira rodada e depois de mais de 40 dias de pré temporada. Na lamentável entrevista coletiva pós jogo soubemos pela boca do treinador que Diogo Mateus também foi poupado cedendo lugar a Lucas Marques, mas entrando na segunda etapa, visivelmente sem nenhuma condição física.

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A desorganização foi tamanha que o Bugre sequer conseguiu se valer da vantagem numérica adquirida ainda na primeira etapa quando o atacante Gabriel Barros foi expulso, mas a culpa pelo mau resultado não foi do time que jogou mal, nem tampouco do atacante Jenison que perdeu dois gols cara a cara com o goleiro, ou do meio de campo sem nenhuma inspiração, a culpa, segundo o técnico Mozart Santos, foi do “público pequeno” no Brinco de Ouro da Princesa.

Alias, Mozart Santos precisa aprender a ler, ao final da partida o público foi divulgado pelo clube: 4.107 presentes, para uma renda de R$ 84.920,00, e ao contrário de redações jornalísticas, não cabe no Planeta Guarani fazer eufemismo sobre o que disse o técnico incapaz de fazer sua equipe jogar e incapaz até de enxergar as características de seus jogadores, pois parte disso se deve à escalação de Yago, volante de pouca habilidade, jogando solto à frente.

Com todas as letras, Mozart declarou: “… não faltou disposição, não faltou vontade, eu entendo até a frustração do Torcedor, infelizmente o numero de Torcedores que vem no nosso estádio (sic) é bem baixo, assim né, no jogo do Santos veio (sic) 4 mil e poucas pessoas, hoje acho que não chegou a duas mil e ai eu até entendo a frustração do Torcedor principalmente por como se desenhou o jogo, mas eu não tenho que recriminar nada do que meus jogadores fizeram em termos de entrega, isso sempre tem…”.

Portanto para o treinador do Guarani o maior problema do seu time técnica e taticamente está na presença de poucos Torcedores no estádio e não na má fase técnica de Jamerson, destaque da equipe Série B que vive fase ruim no início do Paulistão,no fraco Yago contratado por sua indicação, no fraco futebol da dupla de laterais Lucas Marques, também contratado por sua indicação, no futebol pobre apresentado por Nícolas Careca, cujo contrato foi renovado a seu pedido e de Jenison que depois da lesão ainda na Série B, não repetiu o futebol apresentado nas suas duas primeiras partidas pelo Bugre, ou na atuação ruim de Bruno José aberto pela direita, e de Bruninho, esse pela terceira vez consecutiva muito mal em campo, aberto pela esquerda.

A culpa também não é dele ou do Superintendente Rodrigo Pastana que montaram um elenco sem contratarem um meia que pudesse, se não jogar junto com Giovanni Augusto, ao menos substituí-lo na terceira rodada mediante o desgaste apresentado pelo jogador, o Guarani não venceu o Ituano porque Mozart viu apenas metade dos Torcedores presentes ao estádio? Ou por que na sua entrevista coletiva ele viu o triplo de empenho dos seus atletas em campo?

Acredito que o treinador tenha dificuldades tamanhas na definição dos jogadores que entrarão em campo pela sua equipe e que precise de Torcedores nas arquibancadas para tentar encontrar algum que possa vestir o uniforme, entrarem campo e, ao saírem na cara do goleiro, consigam tocar a bola pro fundo do gol e não tentarem dar uma cavadinha ridícula, jogando a bola pela linha de fundo, sem perigo algum.

Acredito também que a diretoria do Guarani FC esteja de acordo com as declarações dadas pelo seu técnico ao final da partida, afinal, eles que já são omissos por natureza, vide o caso envolvendo o sorteio por uma vaga na Copa do Brasil, até agora, quase 48 horas após a partida, ainda mantem este senhor comandando e falando besteiras e mais besteiras toda vez que pega um microfone.

Nós continuamos aguardando um posicionamento por parte dos dirigentes do Guarani FC sobre este fato gravíssimo, já do senhor Mozart Santos não esperamos muita coisa, afinal, se ele não consegue enxergar o número do público presente ao estádio, como conseguirá enxergar o jogo pra acertar uma escalação ou promover uma mudança capaz de melhorar sua equipe?

O Torcedor do Guarani Futebol Clube pede, exige e merece respeito de todos vocês, independente do número de presentes ao estádio, é obrigação de quem veste essa camisa respeitar a única coisa que permanecerá após suas saídas do clube, a Torcida Bugrina.

Marcos Ortiz